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Dos Amigos

quinta-feira, 3 de abril de 2008





Meus amigos são todos assim... Metade loucura, metade santidade.

Escolho-os não pela pele, mas pela pupila... Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Coisa de louco...
Louco que senta, horas e horas, de conversa e de silêncio e espera, paciente, a chegada da Lua cheia ou do Amanhecer.

Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Não quero deles só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria... Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem. Mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto... E velhos, para que nunca tenham pressa.
Preciso deles para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei que a normalidade é uma ilusão estéril...





Traduzindo:



Amo vcs, seus putos!





=)



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